Mamãe, fechou seus os olhos brilhantes pela última vez, não ouvirei mais o compasso do seu coração, sua voz aveludada e carinhosa, seu sorriso sincero, não me aconchegarei em seus braços carinhosos, meu porto seguro, já estou com saudade do colo e da melhor companhia para tudo.
Na despedida, ao beijar seu rosto sem vida e sussurrar no seu ouvido: Fique em paz, não se preocupe com mais nada e ninguém, cumpriu sua missão, semeou e colheu muito amor. Jamais será esquecida. Só deixou muita saudade.
Amor igual ao teu, eu nunca mais terei. Amor que eu nunca vi igual e nunca mais verei. Amor que não se pede, não se mede e não se repete e é infinito.
Na saída do corpo para funerária, me veio a mente a música:
Coisas da Vida - Rita Lee
Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
Ah ah ah, é o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida no fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte, uma nova saída
Qual é a moral?
Qual vai ser o final dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer, por isso digo
Que eu não tenho muito o que perder, por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer, por isso sonho
Aah, aah, aah, aah...
Aah, aah, aah, uuh, uuh
Ah-ah, são coisas da vida
Ah-ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica
Ah-ah, são coisas da vida
Ah-ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica
Ah-ah, são coisas da vida
Ah-ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica
Ah-ah, são coisas da vida
Ah-ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica